Antártida – ocupação e pesquisas científicas

A Antártida é um continente vasto e singular, coberto por uma espessa camada de gelo permanente. Este território gelado é classificado como um deserto devido aos seus baixos índices de umidade e precipitação. Durante o inverno, as temperaturas podem cair para impressionantes -60 °C, tornando o ambiente extremamente inóspito. Apesar dessas condições severas, a Antártida possui uma importância ambiental significativa. Ela age como um regulador térmico global, influenciando a formação de massas de ar frio e correntes marítimas. As massas de ar frio que se originam ali são cruciais para a geração de chuvas no hemisfério sul, enquanto as correntes marítimas frias contribuem para a abundância de cardumes, favorecendo a pesca em diversas partes do mundo.

Não há cidades ou assentamentos humanos permanentes na Antártida devido às suas condições climáticas adversas. A presença humana é limitada principalmente a cientistas e pesquisadores que trabalham em bases científicas de vários países. Estas bases são o centro de estudos meteorológicos e oceanográficos que proporcionam valiosos insights sobre o clima global e os ecossistemas marinhos. Além dos cientistas, a região recebe um número restrito de turistas durante o verão.

A governança da Antártida é regida pelo Tratado da Antártida de 1959, um acordo internacional que declara o continente como um território destinado à paz e à ciência. O tratado, originalmente assinado por 12 países, hoje conta com 67 signatários. Ele proíbe atividades extrativistas, promovendo a cooperação científica internacional e garantindo que a Antártida seja preservada para futuras gerações.

Os cientistas que trabalham na Antártida investigam, entre outras coisas, as mudanças climáticas globais. Eles monitoram a concentração de CO2 nas camadas de neve e estudam variações na temperatura das águas e na concentração de ozônio. Estes estudos são fundamentais para compreender o impacto das atividades humanas no clima do planeta. O derretimento das geleiras e o desprendimento de icebergs são sinais alarmantes das mudanças climáticas que ameaçam o equilíbrio ambiental.

Além de estudos climáticos, a Antártida é um laboratório vivo para pesquisas sobre a vida marinha. Os cientistas exploram como animais e micro-organismos sobrevivem às extremas condições do continente, buscando estratégias que possam ser aplicadas na saúde e na indústria. Estes estudos não só ampliam nosso conhecimento sobre a biodiversidade da região, mas também têm o potencial de oferecer inovações biotecnológicas importantes.

Elaborado com base em: JORNADAS NOVOS CAMINHOS Geografia 8º ano e JOVEM SAPIENS geografia 8º Ano