Antártida – aspectos
naturais e históricos
A Antártida é
frequentemente descrita como a última fronteira da exploração humana, um
continente de paisagens geladas e inóspitas que permanece quase intocado pela
atividade humana. Rica em recursos naturais, como petróleo e gás natural, a
Antártida desperta o interesse de várias potências mundiais. Contudo, a
preocupação com a preservação deste continente é grande, já que ele desempenha
um papel vital na regulação climática global.
Situada ao sul do paralelo
60°S, a Antártida está localizada na região polar do hemisfério sul e é coberta
por uma espessa camada de gelo sobre um terreno rochoso. O clima polar da
Antártida é caracterizado por temperaturas extremamente baixas e pouca precipitação.
Durante o verão, a temperatura média é de aproximadamente -26 °C, enquanto no
inverno pode chegar a -58 °C. Ventos fortes e frequentes são uma característica
constante do clima antártico. A posição do continente em uma elevada latitude
faz com que a radiação solar atinja sua superfície de forma inclinada, e a neve
reflete a luz solar, impedindo o aquecimento do ar.
A calota polar antártica
contém cerca de 70% da água doce do planeta. A biodiversidade é relativamente
baixa, composta por focas, orcas, pinguins, aves migratórias, musgos e líquens.
A história de exploração
da Antártida remonta a antigos navegadores que buscavam terras desconhecidas,
referindo-se à região como "Terra Austral Desconhecida". Por muitos
anos, acreditava-se que havia uma terra rica no extremo sul do planeta, o que
motivou inúmeras expedições. No entanto, foram os caçadores de baleias e focas
que realmente se aproximaram e começaram a entender o continente. Somente em
1911 uma expedição conseguiu alcançar o polo sul, marcando uma nova era de
exploração antártica.
Na sequência, países como
Argentina, Austrália, Chile, França, Noruega, Reino Unido e Nova Zelândia
reivindicaram partes do território. Durante a Guerra Fria, foi negociado o
Tratado da Antártida, assinado em 1959. Este tratado estabeleceu que todas as terras
ao sul do paralelo 60°S seriam dedicadas à cooperação científica internacional,
proibindo a militarização e a exploração de recursos naturais. Além disso, os
signatários se comprometeram a não reivindicar soberania sobre qualquer porção
do continente.
O Tratado da Antártida é
um marco na preservação ambiental e na cooperação científica global. Ele
assegura que o continente continue a ser um local para a pesquisa pacífica,
protegendo seu ambiente único e frágil. A proteção da Antártida é crucial não
apenas para a ciência, mas também para a manutenção do equilíbrio climático do
planeta, ressaltando a importância de continuar a preservar este remoto e
fascinante território.
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