Continente americano – comércio e serviços

Na década de 1970, as transformações econômicas impulsionaram uma reconfiguração significativa no panorama do desenvolvimento urbano e econômico global. À medida que novas tecnologias revolucionavam a indústria e modernizavam o campo, ocorreu uma transição massiva de mão de obra dos setores primário e secundário para o setor terciário, marcando um ponto de inflexão na urbanização e no crescimento das atividades de comércio e serviços.

Atualmente, o setor terciário não apenas compõe uma parte substancial da economia em países de diversos níveis de desenvolvimento, mas também representa a maior fonte de emprego para a população economicamente ativa. Nos países mais avançados das Américas, o avanço tecnológico impulsionou a produção industrial, enquanto o setor terciário expandiu-se inicialmente pela absorção de mão de obra disponível.

Nos países menos desenvolvidos do continente, o setor terciário também desempenha um papel crucial na economia, embora as atividades do setor primário mantenham sua relevância. As cidades emergiram como epicentros das atividades terciárias, embora enfrentem desafios significativos na absorção da mão de obra liberada pelos setores tradicionais. A falta de políticas públicas eficazes exacerbou problemas sociais, como o crescimento das favelas, aumento do desemprego e da criminalidade urbana.

O crescimento desigual entre setores econômicos e regiões geográficas tem sido uma característica persistente da América Latina. Enquanto as economias industrializadas lidam com os impactos das tecnologias emergentes, as economias em desenvolvimento enfrentam o desafio de equilibrar a modernização com a inclusão social. A urbanização rápida, sem um planejamento adequado, continua a alimentar disparidades sociais e econômicas, exacerbando a marginalização urbana e a necessidade urgente de políticas que promovam um desenvolvimento mais equitativo e sustentável.

Em suma, a transição para uma economia dominada pelo setor terciário trouxe benefícios econômicos significativos, mas também desafios profundos que exigem respostas coordenadas e inclusivas. A capacidade de integrar efetivamente novas tecnologias, enquanto se aborda as disparidades sociais e se promove um desenvolvimento urbano sustentável, será crucial para moldar o futuro econômico e social das Américas nas décadas que virão.

Elaborado com base em: Araribá Mais Geografia 8º ano