Continente americano –
agropecuária
A agropecuária na América
é um reflexo da sua diversidade e complexidade. Na América Anglo-Saxônica,
especialmente nos Estados Unidos, a agricultura se ergue como uma das mais
avançadas do mundo. Utilizando métodos modernos como a seleção genética de sementes
e o uso extensivo de fertilizantes e pesticidas, esses países conseguem não só
aumentar a produtividade mas também dominar mercados globais. Os cinturões
agrícolas, como o wheat belt, corn belt e cotton belt, são símbolos desse
avanço, cada um especializado na produção massiva de trigo, milho e algodão,
respectivamente.
Essa intensa mecanização
tem transformado a paisagem rural, reduzindo o número de trabalhadores enquanto
impulsiona a produção. No entanto, essa realidade contrasta fortemente com a da
América Latina, onde a agropecuária ainda enfrenta desafios significativos. Em
muitos países, como Colômbia, Paraguai e Guatemala, a produção é focada na
exportação de culturas tradicionais como café, cacau e cana-de-açúcar,
frequentemente cultivadas em grandes propriedades monocultoras. Esses métodos,
herdados dos tempos coloniais, frequentemente envolviam trabalho escravo e
persistem com baixos investimentos em modernização agrícola.
No entanto, há exceções
notáveis na região, como Brasil, Argentina, México e Chile, onde a agropecuária
se destaca pelo uso intensivo de tecnologia. Nestes países, regiões específicas
são modelos de eficiência, utilizando desde a inseminação artificial até
técnicas avançadas de manejo genético para melhorar a produtividade. Essa
abordagem resulta não apenas em altos rendimentos, mas também em uma maior
competitividade no mercado global.
Portanto, enquanto alguns
países da América Latina ainda dependem economicamente da exportação de
produtos agropecuários com técnicas tradicionais e baixa produtividade, outros
mostram como o investimento em tecnologia e inovação pode transformar a paisagem
agrícola, garantindo não apenas sustentabilidade econômica mas também
ambiental. Essa dualidade reflete não apenas diferenças históricas e
econômicas, mas também o potencial latente para um futuro agrícola mais
equitativo e eficiente em toda a região.
Elaborado com base em: Araribá
Mais Geografia 8º ano
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